08 maio 2009

Opinião pública tem poder! Será?


Eu sempre gostei de cinema. Essa paixão nasceu aos 8 anos quando tive uma crise de insônia e nada mais me restava a não ser ver Corujão na Globo, que nesta época passava filmes como “Sonhos” que Akira Kurosawa e “Amarcord” de Federico Fellini. O encantamento foi imediato, mesmo que eu não tivesse idade para absorver muitas das imagens que eu via. Mas gostar de cinema não é igual a fazer cinema, assim como um bom leitor não necessariamente é um bom escritor. E fazer cinema foi ficando um pouco mais distante na minha vida, mas não totalmente, quem sabe eu ainda não ganho um Oscar? E a necessidade de cultura foi sendo substituída por outras “artes”, como as plásticas, as letras, as fotos...
O jornalismo entrou na minha alma quando em 1989 eu assistia na televisão a queda do Muro de Berlim. Estava lá ao vivo Ilse Scamparini com o muro vindo abaixo atrás delas, as pessoas gritando, comemorando. Ela estava fazendo parte da história, e eu queria testemunhar algo histórico também.
Hoje ainda tenho o sonho romântico de um jornalismo transparente, dando voz ao povo e para o povo. Sendo a ponte entre o mundo e o leitor. Bobagem? Não sei...existem bons jornalista e maus jornalista, assim como bons e maus médicos e por aí vai.
Eu ouvi no jornal do SBT um deputado declara algo mais ou menos assim: “Que quem manda no congresso, ou deve vigiar eles são os próprios políticos e não a imprensa.” Por mais que eu procurasse essa declaração em blogs e jornais eu não achei, nem para escrever aqui o nome do autor da pérola (mas vou encontrar). Sem falar no Sérgio Morais que está “se lixando para a opinião pública e que não adianta por que políticos sempre se reelegem.” Sim, é papel da imprensa vigiar a política do país, afinal é democracia. Até por que como já disse aqui, nós os jornalistas são a ponte. Ninguém em condições normais de pressão e temperatura, que trabalha, estuda, tem família etc., Tem tempo de ir ao site do Senado, avaliar as contas prestadas, assistir a TV Senado, entrevistar os políticos. E todos sabem do poder da mídia, seja para bem ou para o mal.
Mas acreditando sim no papel de mediador dos jornais e revistas e sonhando que isso seja feito com ética, eu não posso deixar de pensar que talvez esse fdp tenha razão. Os políticos fazem o que querem e por mais que os jornais denunciem sim eles se safam e pior se reelegem. Está aí Collor que não me deixa mentir. Está faltando o feedback da população, a imprensa parece falar ao vento hoje e só fofoca dá ibope. Temos jornais para todas as classes sociais, JB, O Globo, O Dia, Extra, Meia-Hora, O Povo. E mesmo os que têm mais bunda do que notícia, em algum momento, em alguma nota citam essas barbaridades cometidas pelos nossos governantes. Sem falar na TV, onipresente buzinando no seu ouvido as notícias.
Então pare e pense, que diabos a população está fazendo? Gente, só não ouve quem não quer. E a população mais carente que sofre na pele todos os reflexos das más decisões dos políticos, essa população deviam se indignar ainda mais e reclamar, bater panela ou simplesmente parar de votar nesses “representantes do povo”. Ás vezes, tenho a sensação que falar de política e como discutir Kant, só para os pseudo-intelectuais. Não é, tudo que acontece em Brasília, chega de Sedex 10 nas nossas vidas. A imprensa pode não ser perfeita, como não é, mas devemos ouvir o que ela tem para nos dizer. Opinião pública tem poder, ao contrário do que pensa Sérgio Morais

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