06 abril 2009

Bilhete para Heath Ledger

Hoje li no globo.com que será lançada uma biografia sobre o ator. Link: http://oglobo.globo.com/cultura/mat/2009/04/05/biografia-conta-vida-tenta-explicar-forca-dramatica-de-heath-ledger-755144707.asp. Para quem não sabe, ele estava com 30 anos quando foi encontrado morto em sua casa. Motivo: overdose. E esse ano ganho o Oscar de melhor ator coadjuvante pelo filme "Batman, o cavaleiro das trevas", com sua atuação viceral do palhaço psicopata Coringa.
Desde que Heath morreu, cada vez que tocam no nome dele, eu levo um susto e falo: “Ai, Heath Ledger morreu...”. Até virei motivo de chacota por esses rompantes emocionais. Não sei explicar o que acontece, afinal eu nem era tão fã assim do cara, mas seu falecimento mexeu e mexe comigo.
Acho que é a idade. Não no sentido “estou ficando velha”, a idade a que me refiro é o número... Nós tínhamos quase a mesma idade. Sou 2 anos mais nova. E como ele começou a fazer filmes muito cedo, eu meio que amadureci com o Heath, vendo o homem amadurecer e o ator despontar.
Primeiro filme que eu vi com ele foi “10 coisas que eu odeio em você”. Aquele filme foi tão perfeito pra mim na época. Tinha tudo haver. Lógico que vendo hoje eu acho bem água com açúcar, mas mesmo assim ele tem a sua bossa com todas aquelas referências Shakespearianas. E Ledger está absolutamente sexy como o bad boy de bom coração.


Cena clássica de Heath cantando "Can't take my eyes off you"

Depois vieram muitos outros filmes nem tão bons, nem tão ruins... Até Brokeback Mountain. Ele está pleno, seguro, adulto. E eu também estava plena e oficialmente adulta, quando assisti. E só assim para aproveitar cada cena dele neste filme. Para entender a força e a beleza que a película tem.


Trailer de "Brokeback Mountain", filme essencial...

O último filme que vi dele antes do falecimento foi “Candy”, e adivinhe sobre o que era? Um casal viciado em heroína que não consegue se recuperar. O fim da história para o personagem de Heath é melancólico e solitário assim como seu real fim. Ele morreu na mesma semana

Trailer de "Candy"...More is never enough.

Essa história me incomodou porque o cara era lindo, jovem, talentoso, tinha uma filha fofa e uma carreira maravilhosa. Se a grana não o fazia feliz ok, eu entendo(ou não...). Se a super exposição também o aborrecia, ok eu entendo. Agora, e a família? E o trabalho? Se um cara que tinha tudo de bom não se sentia feliz, que será de mim pobre mortal que não sou gatinha, não tenho grana, nem filhos lindos (ainda) e nem uma carreira bem sucedida (ainda!)? Hein, hein?
Não, não estou pensando em me entupir de entorpecentes e dar adeus a esse mundo cruel. Pequenas coisas me fazem muito feliz: acordar tarde, dançar muito, cantar no chuveiro, namorar, dar risada com os amigos, comer besteira (principalmente chocolate). Essas coisas me fazem absurdamente feliz... Tenho amigos que sempre me deram apoio e toparam qualquer programa baratinho só para estarmos juntos. E tenho alguém pra chorar minhas mágoas e dividir minhas alegrias.
O que queria ter dito para o Heath é: “Não liga não...Eu não sei o que está te incomodando tanto, mas você devia experimentar um outro olhar. Nem tudo é tão ruim quanto parece e nem vai durar pra sempre. Iria contar umas boas piadas só pra ver aquele bocão lindo que ele tinha se abrir numa gargalhada gostosa. Tira umas férias cara! Vai para a praia ou montanha, esquece isso tudo! Vai namorar beijar na boca, comprar um cachorro, pular de bungee jump, mergulhar numa cachoeira ou só dormir numa tarde chuvosa. E eu acho que você vai levar um Oscar pelo filme do Batman, então aproveite a festa depois, a noite vai ser sua com certeza...”
Eu queria ter dito isso tudo pra ele...Se ia adiantar? Eu não sei, mas às vezes a gente só precisa de uma palavra amiga pra que tudo fique bem...


Dedico este texto para meus amigos e familiares que sempre me apoiaram nos momentos mais difíceis da minha vida
Muito obrigada!
Amo vocês!

Um comentário:

  1. É esquisito como às vezes acabamos nos sentindo ligadas a pessoas que só conhecemos de longe, mas eu lembro da sensação que tive ao descobrir que o Heath Ledger havia morrido.

    Fiquei sinceramente triste, pensando em tudo isso: idade, o que ele tinha de bom, o momento incrível que começava a viver na carreira e na vida pessoal (com a filha ainda pequena)...

    Me fez lembrar de um conhecido que morreu de um jeito repentino e suspeito. Também pensei em todas as coisas que poderia ter dito a ele e que talvez trouxessem algum conforto, afinal, quantas vezes algum comentário, algo que eu li ou escutei numa música me fez refletir?

    A vida é, certamente, muito estranha.

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