28 setembro 2009

Resenha vira post, Lingua: Vidas em Português

O filme “Língua: vidas em português” é um documentário lançado em 1994, com a direção de Victor Lopes com produção de Brasil/Portugal. A película aborda a língua portuguesa falada em várias partes do mundo. Além dos países já citados, encontramos ecos da nossa língua em Angola, Moçambique, Guiné-Bissau todos na África, Goa na Índia, Macau na China e no Japão principalmente na boca de emigrantes brasileiros.

Através de populares e pessoas ilustres da literatura e da música como João Ubaldo Ribeiro, José Saramago e Mia Couto, Martinho da Vila e Teresa Salgueiro, o diretor tenta reconstruir os caminhos da língua portuguesa. Como ela chegou a cada país através de bocas portuguesas e como em cada região ela se reinventou, criando o que Saramago chamou de “línguas em português”.

O filme abre discussões abrangendo tudo o que uma língua pode significar: a historia de um povo, sua influencias, seus preconceitos, sua gente, sua música e sua literatura. Saltamos de país em país, que vão sendo marcados em um grande mapa na tela e esse movimento vertiginoso não é gratuito. Com isso o diretor quer mostrar as distâncias continentais que separam os falantes do português e que mesmo assim, guardam muitas semelhanças. O filme não é longo, chega há quase uma hora e trinta minutos, mas ainda sim o espectador sente um ritmo lento na película, talvez aos muitos depoimentos. Que ironia, como falar da língua se não for falando? Hoje vivemos em velocidade de vídeo-clipe e para o grande público talvez esse ritmo do filme não seja o ideal.
Mas para quem se aventurar no filme ‘Língua: vidas em português” não vai se arrepender. O tema é interessante e pertinente pra discutirmos cultura, língua, palavra.Ainda me atrevo a discordar de Saramago, quando ele diz que antigamente o homem se comunicava melhor e hoje basta apenas alguns sons para nos entendermos. Em tempos de internet, como defende o escritor inglês Andrew Keen, nunca escrevemos tanto, nunca usamos tanto a língua como na era Web 2.0. O filme ainda nos chama a atenção para algo que está todo dia a nossa volta: o preconceito lingüístico. Ao mesmo tempo que isolamos quem não se encaixa nos padrões da “nossa” língua, da nossa forma de falar, somo isolados também. Um exemplo, o vendedor de bala que mistura linguagem bíblica com o português informal e considerado gramaticalmente incorreto. Do outro lado, é nítido que portugueses e outros falantes de português consideram a fala dos lusos o “verdadeiro português”. Apenas diferentes formas de preconceito lingüístico, que no final entendemos que não nos leva a lugar algum. Português é mutante, é vivo, é lindo e é apaixonante. Devemos nos deixar levar pela nossa língua, valorizar nossa musica e literatura e principalmente valorizar a pessoa do seu lado. O filme desperta esse sentimentos humanos de igualdade. Recomendo fortemente para os humanistas do mundo, falantes de português ou não.


PS: Gente a faculdade está um loucura, pouquissimo tempo pra escrever pro blog, prometo melhorar isso.


Bjs de Jacaré.

4 comentários:

  1. Você me salvou cara, valew, depois de seu resumo pude produzir um otimo texto, abraço!!!

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  2. Este comentário foi removido por um administrador do blog.

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  3. to no primeiro semestre de administração e nem tinha idéia de como começar minha resenha, mas com sua ajuda consegui desenvolver um bom trabalho... pelo menos acho eu!!! (risos)Gilmara Barros

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  4. Você salvou minha vida de um zero .

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